O pintor Édouard Manet será o último dos pintores antigos mas é sobretudo o primeiro dos pintores modernos. 1863 é o ano em que aparece "Le Déjeuner sur l'Herbe" e "Olympia", sendo, sobretudo Le Déjeuner, os primeiros quadros "modernos". A forma de pintar de Manet era limpa, rápida, não detalhista, algo diferente dos seus colegas realistas, embora nunca se tenha vindo a confundir com os impressionistas que inspirou. O engraçado é que as duas obras acima, "modernas", dialogavam ora com Ticiano e Giorgone, ora com Goya. Manet pintou sempre em diálogo com a história da pintura, embora subvertendo-a. Escolhi para ilustrar isto este quadro que "é Velázquez", a "Criança Carregando uma Espada" (c.1861).
Manet encostou-se aos impressionista quando clareava a paleta e dava as boas-vindas à luz. Como na "Leitura" (c. 1865-73). Manet nunca foi porém um entusiasmado paisagista e a sua pintura não existia apenas por si, antes servia para interrogar alguém que interrogava de volta quem observava o quadro.
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