Estou a ler um livro sobre a China no bar da piscina da Senhora da Hora. Sabe sempre bem recuperar do rol dos livros comprados há muitos anos e que nunca foram lidos um que afinal vai ser, adivinho, uma boa leitura. Esta piscina, municipal, está agregada a um parque que, contaram-me, antigamente era os dominios da "muda'", uma mulher com deficiência que aqui vivia num barraco e a quem as crianças, aos passar, chamavam nomes. Ela corria atrás delas, dava-lhes sopapos. Domesticado este terreno e transformado num parque, esquecida a "muda" e o seu tempo, aqui, veloz, voou Catarina mais a sua trotinete prateada, de um lado para o outro, uma e outra vez. Não longe alguém jogou basquetebol até que deixou de jogar, o grito impeditivo de uma filha a barrar definitivamente o caminho.
Por pura coincidência ao fundo do bar quatro pessoas orientais, ach
o que chinesas, conversam animadamente com um rapaz português, que alguma coisa entenderá da conversa, sorrindo. O Renato queria aprender mandarim quando era criança, era o futuro, mãe, dizia ele.
Ainda dizem que isto não anda tudo ligado.
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