Conheci o Tozé na Urgência do S.João. Coincidiam nele competência e boa disposição. Sabia porém mais do que falava. Outras vezes a rir dizia as verdades. Lembro-me dele sobretudo em duas ocasiões. Um dos primeiros dias meus a trabalhar em Gaia, em 98, eu chegava para trabalhar. De uma janela do hospital (como toda a enfermagem ele acumulava vários trabalhos) ele saudou-me sorridente: "Então, por aqui?" E o dia mudou. Muitos anos depois noite dentro a mãe da minha mulher entrava na Unidade Coronária depois de uma angioplastia por enfarte do miocárdio e o seu sorriso brincalhão também aqui nos recebeu, desta vez não só a mim: quem ficava ficava bem entregue.
Uma doença rápida e muito extensa tomou-lhe a vida. Pelo que soube assumiu-a em silêncio. Os colegas de trabalho souberam da mesma só há poucos dias quando o Tozé desfaleceu, a trabalhar.
Foram suspensas medidas e assim se confirmou aquilo que seria o desejo do Tozé: falecer sem grande confusão, sem barulho.
Senhor Enfermeiro, (para sempre) um Abraço.
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