Sobre Álvaro Lapa outros escreverão sobre a qualidade do desenho e da composição. E também sobre esta coisa da Arte Moderna que (também) em Álvaro Lapa era haver uma Narrativa, a sua, um Projecto, o seu, um Ideal de Vida.
"Lapa detestava a vida pública; escrevia, desenhava e pintava pela sua saúde. Era mais do que um lenitivo, fazia parte da “metodologia do inadaptado”: uma coisa para si próprio"
"Lapa detestava a vida pública; escrevia, desenhava e pintava pela sua saúde. Era mais do que um lenitivo, fazia parte da “metodologia do inadaptado”: uma coisa para si próprio"
Importante também, apesar das fortes ligações de Lapa ao misticismo e às religiões orientais, não se levar demasiado a sério, cumprir esta/essa missão, vida, arte, merda, o que seja, com um grão de sal, um só, não vá a hipertensão. Há um quadro de Álvaro Lapa onde, em fundo negro, ele cobre de branco sujo todo o texto, o texto que dizem - ele sabia que assim era - tão importante ser na sua pintura. Sobraram apenas "os", "os", "os", "os"... e um belíssimo quadro.
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