quinta-feira, 25 de maio de 2023

O que o João Almeida fez na terça-feira.


 Ele pode nem acabar o Giro, caindo ou apanhando o velho vírus. Ele até pode ceder e não ficar no tão almejado pódio.

Mas o João Almeida fez na terça-feira o que antes nenhum ciclista português tinha feito. Ganhar uma etapa numa Volta de Três Semanas fazendo parte da luta para o primeiro lugar é único. Todas os outras vitórias em etapas do Giro - por Acácio da Silva, por Ruben Guerreiro - nunca foram nesse contexto. Nenhuma das 4 vitórias de Agostinho no Tour aconteceram também em contexto de guerra por uma vitória na prova. As três vitórias de etapa de Agostinho nas Vuelta aconteceram sim com Agostinho a lutar para vencer a prova, um CR em 76 que lhe deu transitoriamente o primeiro lugar, duas em 74, a escalada de Cangas de Onis e o CR final em San Sebastián. Agostinho terminou sabida e discutidamente esta Vuelta 11 segundos atrás de Jose Manuel Fuente. A vitória de Agostinho em Cangas de Onís sim que pode considerar-se, à distância de 49 anos, parecida. Agostinho ganhou isolado distanciando em 5 segundos Fuente, a 26 segundos chegaram Ocaña (muito desmerecido em 74) e um português-surpresa, José Madeira! Fuente era sim um ex ganhador de Vuelta e Ocaña um ex-ganhador de Vuelta e Tour.  No geral porém (é consultar a lista de participantes) competição não tão renhida como a que o João enfrentou na terça-feira.


Parabéns, João! Fez-se história!

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