terça-feira, 15 de setembro de 2020

L de "O Leitor"


Revi este filme sobre o qual já escrevi. O filme vale por Kate Winslet. Cuja personagem não entende que o amor não vence tudo. Não vence o horror do assassínio inexplicado, não vence o horror de um passado alemão de que por muitos banhos que se tomem (ou dêem) há um odor que não vai embora. A personagem interpretada magistralmente por Kate Winslet mostra-nos como alguém não especialmente mau ou bom pode amar e pode também matar. Adianto que a personagem em questão não sabia ler, e nela funciona esta limitação como se fosse um defeito físico grave e definitivo, daqueles que marcam o construir de uma pessoa para a vida. 

Como o filme termina demonstra a inteligência da nossa iletrada, que finalmente tinha aprendido a ler e a escrever. Há prisões que não são para sempre mas memórias, sobretudo as más, as piores, que são perpétuas.  

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