sexta-feira, 3 de maio de 2024

Amanhã começa o Giro.


Amanhã começa a aventura de Tadej Pogacar, ciclista esloveno de 25 anos, de tentar fazer a dupla Giro-Tour, não conseguida desde Pantani em 1998.

Foi o italiano Fausto Coppi que criou o mito da dupla Giro-Tour como o feito máximo que se podia esperar de um ciclista. Ele conseguiu-o em 1949 e 1952. Conseguiu-o Jacques Anquetil em 1964, após várias tentativas. Merckx fê-lo em 1970, 72 e 74. Bernard Hinault assinou o ponto em 1982 e, às custas de Greg LeMond, em 1985. Miguel Indurain também fez a dobradinha duas vezes, em 1992 e 1993. O Irlandês Stephen Roche conseguira-o em 1987, adicionando ao duplo feito o ter sido Campão do Mundo nesse mesmo ano, uma tripla só igualada por Merckx, antes, em 74.

Todos estes feitos tiveram a sua história, nem sempre linear. Por exemplo, o ano de 1974, o de maiores conquistas para Eddy Merckx, não foi o ano de maior fortaleza do "Canibal" no Tour. Os melhores adversários estavam lesionados. Fausto Coppi na realidade só correu três Tours, ganhando dois. No outro, em 51, chorava ainda a morte em corrida do seu irmão Serse. E a polémica à volta da carreira de Marco Pantani não é para aqui chamada.

Em 2018 aconteceu a tentativa mais séria para repetir o feito, neste tempos do "ciclismo moderno" com passaporte biológico, etc: Chris Froome venceu o Giro e foi terceiro no Tour. Por imitação, nada mais, Tom Dumoulin foi segundo em ambas as corridas. Três anos antes Alberto Contador ganhara o Giro para só fazer quinto no Tour.

Dizer como por aí se diz que a competição no Giro contra Pogacar é fraca portanto a coisa vai ser fácil é esquecer que esta será apenas a primeira-mão desta final para a história. E que na estrada (no Mortirolo, no Stelvio...) até parece que nada de imprevisto pode acontecer. 

Veremos.


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