Tiepolo viveu o dobro do tempo de Watteau e, ao contrário deste, abraçou com a maior das alegrias o espírito festivo e alienado do século XVII, tanto assim que ao tornar-se como que um seu símbolo, foi depois menosprezado durante mais de um século. Ninguém pintou melhor o céu nem todas as criaturas que podiam evoluir nele ou imediatamente abaixo, quase sempre sem uma cor escura, sem uma sombra. Terá sido o melhor pintor de tectos de sempre (esquecendo a Capela Sistina, eu sei) e, na realidade, a pintura a partir daqui não podia subir mais alto.
Eis a "Alegoria dos Planetas e Continentes" (c.1752):
Tiepolo foi trabalhar nos últimos anos na corte espanhola, onde a sua cor e expansividade não foi sempre bem compreendida. No entanto a sua qualidade está inteira nesta "Imaculada Conceição" (c.1767). A Itália nunca mais voltaria a ter um pintor assim, a ser considerado "O Maior do Seu Tempo".
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