É difícil ser original na apresentação de um pintor de que hoje por hoje quase metade das obras conhecidas são ícones e pertencem já à cultura popular. Mas não evito chamar a atenção para o azul Vermeer e para a luz Vermeer, por exemplo. Vermeer inventou uma forma própria de pintar e compor um quadro. Como no abaixo, "Mulher de Azul Lendo uma Carta" (c.1663-4) onde a rugosidade da tapeçaria ocre do fundo espelha a dúvida sobre o conteúdo da carta que está a ser lida. Vermeer não é o Hopper do séc. XVII.
A pintura "A Leiteira" ((c.1658) parece-me, em contraposição, ser dos quadros mais "quentes" de Vermeer, onde o amarelo é mais forte, como simples é a intenção da protagonista, da peça, verter o leite que a nomeia.
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