De Pontormo, o "meu" primeiro pintor a escapar um pouco ao cânone, eu escolho o movimento, a cor, o bailado, único no seu tempo. A flutuação. As expressões tão nossas, tão soltas, tão mexidas. E a cor, outra vez. A "Deposição da Cruz" (1525-8) é assim chamada e percebe-se porquê, mas no quadro não reside nenhuma cruz, pois a sua dura geometria não permitiria a fluidez em cascata das cores, dos volumes, dos gestos em lamento.
Num conjunto de frescos perdidos sobre o "Juízo Final", de que se conhecem alguns desenhos, Pontormo inovava uma vez mais, ao colocar o Pai aos pés do Filho, algo criticado pelos seus contemporâneos.
Na "Visitação" (1528-9), abaixo, peço que se preste especial atenção aos retratos, e nestes aos dois das duas pessoas de maior idade, e destes dois ao que olha para nós. Único, inaugural.
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