Turner insere-se no tempo do romantismo e assim se explica o arrebatamento de luz e cor e sombra que é a sua pintura. Uma pintura que dialoga por antecipação com os impressionistas e, sem querer, com a abstracção, Turner foi um personagem estranho e difícil, já tendo merecido biografias e filmes, e é o pintor inglês mais conhecido. Estranho mas não alienado do seu tempo: o quadro "Navio Negreiro atirando borda fora os mortos e moribundos" (c.1840) é um manifesto de cor e luz mas mais do que isso. O barco efectivamente existiu, era britânico, e no chamado "massacre do navio Zong" (eu sei, o nome do navio quase tira seriedade à coisa) 132 escravos foram atirados ao mar, grande parte ainda vivos.
O sol. O homem que, moribundo, terá dito que "O Sol é Deus!" adora o sol. Veja-se abaixo "Amanhecer" (c.1825-30).
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