Henri Matisse é considerado o grande pintor francês do século XX, um ícone. Muita da história da pintura da primeira metade do século nasce do diálogo de Matisse com Picasso
Aprendeu a desenhar e pintar aos 20 anos de idade, ao recuperar de uma apendicite. Dedica-se à pintura e entra no meio. No virar do século adopta a técnica do pontilhismo mas é numa exposição em 1905 que as suas cores directas e sem o freio da linha dão corpo ao "Fauvismo" (de "fauve", selvagem). Mas foi um quadro apresentado no ano a seguir, "La Joie de Vivre", em que Matisse se explica, nas cores puras e na composição harmónica e nas figuras simplificadas. Aqui era tambem uma questão de menos ser mais. O ponto de partida era Cézanne. A busca era a de um paraíso perdido onde a não havia descontinuidade entre o homem e a natureza.
"Les Demoiselles d'Avignon", de Picasso, são uma resposta a este quadro, e a "vitória" de Picasso levou a uma ruptura temporária de relações entre os dois.
Matisse acalma a sua pintura e simplifica os seus quadros. É desta fase o conhecidíssimo "Dance". Uma excepção aparece em 1908, "La desserte rouge". A cor ultrapassa os limites dos objectos, a figura humana é apenas mais um elemento decorativo.
Picasso e Matisse reconciliam-se e expõem juntos em 1918. O quadro abaixo, de 1914, "Vue de Notre-Dame", espelha as influências quer do cubismo quer da abstracção.
Nos anos 30, coincidindo talvez com o seu relacionamento com Lydia Delectorskaya, há uma simplicidade e uma alegria calma na pintura de Matisse que é o atingir pleno do seu projecto artístico. Ver "Le rêve" de 1935.
Porém, no início dos anos 40 Matisse é operado a um tumor intestinal e fica parcialmente inutilizado para a pintura. Desenha cartões para tapeçaria e gouaches em collage, com a ajuda de assistentes, alguns de grandes dimensões, e de uma alegria paradoxal. Ver "La perruche et la sirene", de 1952.
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