Não se consegue ser original ao falar de Van Gogh. A sua história é por demais conhecida. O estilo que o celebrizou povoa os seus últimos três anos de vida, e apareceu após a sua estadia em Paris e o seu contacto com Émile Bernard e Gauguin. Van Gogh ganhou aqui a cor. É o primeiro pintor não francês que aqui aparece e poderia considerar-se o primeiro representante de uma "Escola de Paris". Mas não foi em Paris que produziu o melhor da sua obra mas sim em Arles.
Van Gogh foi talvez o primeiro Expressionista, pois a sua pintura "é a expressão" do seu "Evangelho", do seu padecer que só se apagou com o seu provável suicídio em Julho de 1890. Nesses três anos incompletos produziu centenas de quadros e dezenas de obras-primas que hoje fazem parte da nossa memória colectiva. A sua influência na Pintura do século XX não atinge a de Cézanne ou a de Gauguin mas realmente o Expressionismo nasce com ele.
É de 1888 o "Quarto de Arles" e pronto, todos nós hoje o conhecemos.
É de 1889 o "Campo de Trigo com Ciprestes" e magistral o tratamento e o equilíbrio das cores bem como o movimento e o volume dado à atmosfera.
A destreza de Van Gogh em pintar flores não se limitava aos girassóis como se pode ver nestas "Rosas" de 1890, com uma paleta de cores pouco habitual no pintor.
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