Picasso é outro pintor cuja história e trajectória pictórica está demasiado por todo o lado para eu aqui a reinventar.
Picasso é o maior expoente da "Escola de Paris", ou seja, daquele conjunto de pintores não franceses que, partindo para Paris, reinventaram a pintura ocidental. Nascido em Málaga e um menino prodígio no que aos pincéis diz respeito, os seus perídos "Azul" e "Rosa" serão uma espécie de antecâmara simbolista ao choque das "Demoiselles d'Avignon" de 1907, uma resposta à "Joie de Vivre" de Matisse usando os valores de Cézanne e a estética da arte africana. O quadro, que só conheceu o desdém do público em 1916, foi porém muito estudado antes por Braque. Braque foi o único pintor a pintar no mesmo estúdio que Picasso. Juntos criaram o Cubismo. Durante um par de anos foram gémeos na pintura. O cubismo evoluiu, da fase "analítica" para a fase "sintética", apareceram as primeiras collages, aconteceu a Grande Guerra. No final dos anos dez Picasso e Matisse protagonizaram um "regresso à ordem" que em Picasso representou o seu período "Neoclássico", ou não fosse a sua nova musa uma bailarina clássica russa. No entanto a fama do passado perseguia Picasso, e a paixão dos surrealistas pelas "Demoiselles" chamaram Picasso a criar a sua versão pessoal do surrealismo, que germinou de forma mais memorável na "Guernica".
Acabada a Segunda Grande Guerra Picasso era o mais famoso pintor vivo. Exilado no sul de França os anos que se seguiram não acrescentaram nenhum novo percurso. Apaixonou-se pela cerâmica, manteve uma fixação no retratismo das suas companhias e dos filhos, no mito do Minotauro, revendo-se no velho touro enganado. Idolatrado mas já fora das correntes principais da pintura, um génio que sempre conseguia colocar nas suas pinturas os seus truques para que fossem reconhecidas e valorizadas, boas ou não. Nunca parou de pintar. Os últimos anos são considerados precursores do "Neo-Expressionismo" dos finais dos anos setenta. Go wonder...
É difícil fugir ao quadro que arrancou definitivamente o século XX do passado e em direcção a um futuro incerto. Só apresentado ao público em 1916 e a medo, já então tinha provocado pela sua visualização eg por Braque, uma revolução na pintura. E, porém, é do século XIX esta mania de pintar prostitutas, e as cores são de Cézanne...
"L'Homme aux cartes" é Picasso na sua fase "Sintética", com letras, números...
A passagem de Picasso pelo Surrealismo teve como ponto alto "Guernica", em 1937.
"Este "Las Meninas" de 1957 entra em diálogo com Velazquez e fez parte de uma das linhas de trabalho de Picasso por estes anos, repintar clássicos de Delacroix, Velazquez, Manet.
"Homme assis (Autoprortrait)" é de 1965. Picasso tinha 84 anos e vivia com uma mulher 45 anos mais nova. Pelo que se vê abaixo ele sabia disso.
É difícil fugir ao quadro que arrancou definitivamente o século XX do passado e em direcção a um futuro incerto. Só apresentado ao público em 1916 e a medo, já então tinha provocado pela sua visualização eg por Braque, uma revolução na pintura. E, porém, é do século XIX esta mania de pintar prostitutas, e as cores são de Cézanne...
"L'Homme aux cartes" é Picasso na sua fase "Sintética", com letras, números...
A passagem de Picasso pelo Surrealismo teve como ponto alto "Guernica", em 1937.
"Este "Las Meninas" de 1957 entra em diálogo com Velazquez e fez parte de uma das linhas de trabalho de Picasso por estes anos, repintar clássicos de Delacroix, Velazquez, Manet.
"Homme assis (Autoprortrait)" é de 1965. Picasso tinha 84 anos e vivia com uma mulher 45 anos mais nova. Pelo que se vê abaixo ele sabia disso.
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