sábado, 28 de fevereiro de 2015

Zero.

Ontem conheci um nervoso diferente. Já nem me lembro do que lanchei. Saí e entrei do computador, da televisão, de um livro. Tomei um duche. Subi para a elíptica onde queimei exactamente trinta e seis quilocalorias. Era preciso jantar, mas não havia estabilidade hemodinâmica para a sua confecção. Abri uma lata e despedi-me de umas sardinhas em azeite, indubitavelmente portuguesas.  Calcei-me. Fui outra vez à casa de banho.  Pensei pela enésima vez: odeio esta barba. Lavei os dentes. Peguei no carro e dirigi-me para baixa. Onde estacionar? Uma volta, duas, três. Pronto, porque não dar lucro à famosa invenção portuguesa que deu novas inércias ao mundo, a via verde? Saí para a rua mas sem um saia-casaco escuro, como cantava o Rui Veloso. Havia um frio moderado. Nunca houve um cachecol na minha vida, porquê? Teria de voltar a uma casa de banho? Tomei um descafeinado e a coisa estabilizou. Entrei, saí e voltei a entrar no destino, um antigo colégio. A meio caminho tive a surpresa de uma menina ter crescido. Comecei a utilizar a máquina das palavras para acalmar. Subimos final e definitivamente até ao antigo Colégio Almeida Garrett, as nove e meia da noite aproximavam-se. Entrámos. Obrigaram a sentar-me na primeira fila. Apagaram-se as luzes.

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