terça-feira, 17 de novembro de 2015

Karel Reisz - The French Leutenant's Woman - 1981.

É possível que tenha visto este filme no cinema, em 82 ou 83. Os filmes então chegavam a Portugal tarde...

Streep tinha aqui 32 anos, Jeremy Irons 33. O filme é britânico até à medula. Jeremy Irons é Mike e Meryl Streep Anna, e são dois actores de cinema a filmar a história em questão, a da mulher abandonada por um marinheiro francês naufragado nas costas inglesas e que ficou perturbada  - para sempre? - pelo acontecido. Por outro lado temos a história da "mulher do tenente francês" - filmada mas ali tão real, um filme dentro do filme mas que, ocupa na realidade para aí uns três quartos do tempo - umas duas horas redondas. Mike e Anna vivem um caso durante as filmagens. Mike tem mulher e filha, Anna um namorado - francês. Este caso não sobrevive ás filmagens. E no século XIX com terminam as coisas? Ah mas eu ainda não comecei a contar...
Já perceb emos que Streep faz de tola - Sarah Woodruff - a mulher abandonada, que na aldeia chamam de "Tragedy", ou de puta. Jeremy Irons é Charles Henry Smithson, noivo de uma herdeira da aldeia. Conhece Sarah e, pronto! "I was lost the moment I saw you!" "So was I!". No calor da paixão dizem-se coisas apaixonadas. E não é minha função aqui e hoje abrir o quizz deste filme - onde quem se perde quer perder-se mas depois de perdido/a decide partir para se encontrar. 
Tavez o bom da vida é que não é ela uma sucessão de derrotas mas sim uma sucessão de empates. A história contemporânea "acaba mal", a do séc. XIX "bem". As últimas imagens são as de um barco a remos com os dois amantes a partir rumo ao desabrigo de um lago. Charles Henry apaixonara-se por uma "rapariga perdida" e leva agora no barco uma rapariga "encontrada". Até em lagos de águas paradas se armam as maiores tempestades.. 

Este filme criou imagens que se tornaram ícones na carreira de Meryl Streep. As suas qualidades e maneirismos estão aqui todos. Curioso como, durante todo o filme, Jeremy Irons, um ano mais velho, parecia.-me sempre mais novo, nomeadamente no tempo "contemporâneo"...

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