"Elle" é o último filme de Paul Verhoeven, o famoso realizador holandês que, após Robocop, Total Recall e Basic Instinct virou "Hollywood poison" e voltou para a Europa. "Elle" tem Isabelle Huppert (não há melhor) e tem uma pergunta por trás: como sabemos que estamos realmente vivos? Verhoeven faz um filme francês, mais ainda, parisiense. E em Paris há tudo, tem-se tudo. Trabalha-se fazendo realidade virtual, videojogos mais propriamente. Tudo já aconteceu, os filhos, os casamentos, as ilusões. O que resta? Um filho incapaz? Fazer o mal? Talvez sim, pelo menos durante um bom bocado - o tempo do filme - para voltar à vida. Mas os homens até no mal são piores do que uma mulher, e Huppert - merci, mon Dieu! - prevalece! Great film to watch, dreadful sex scenes tough! Mas se calhar isso também faz parte. Porque... muita gente não vai perceber este filme. E eu, percebi?
"Arrival" coloca a questão: quem é Denis Villeneuve? Ah, bom, é um canadiano francês que tem feito filmes para o comercial, incluindo aquele baseado na história "duplicada" de José Saramago... "Arrival" faz também uma pergunta que, curiosamente, nada tem a ver com os extraterrestres - vagamente parecidos com a "Mão" da família Adams mas gigantes... - mas sim com qualidades que por eles a nossa amiga e, by the way, grande actriz Amy Adams adquire: se soubesses antecipadamente a vida que vais ter, ou pelo menos partes importantes dela, arrepiarias caminho? O filme é curioso, está bem desenhado, inventar o Sudão as a power to be é giro. Mas a pergunta que se leva para casa é bem terrena e pertence a cada um fornecer a resposta. Very watchable film indeed... tem uma mensagem pacifista mainstream mas, repito, a tal pergunta... pena quase não se notar a presença de Forest Whitaker.
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