sábado, 20 de janeiro de 2018

De um nome.

Celebramos a longevidade nossa e alheia, a pessoal e também a partilhada, aquilo a que costumamos chamar de relacionamentos. Eu por estas alturas celebro os vinte e cinco anos de bem estar com o meu nome.
Estas coisas têm sempre um começo. O meu nome, "Guilherme", é um nome sem vizinhos. O "José" tem logo ali o "João" e o "Jaime". A "Maria" tem perto a "Manuela" e a "Mariana". Por outro lado é um nome que não é suave, parece quase um escolho na estrada, um nó no caminho.
Faz agora vinte e cinco anos explicaram-me que não. O som que sai depende sempre do emissor para soar bem. É.
Nem sempre sou rápido a aprender. Hoje sei. Que o meu nome reivindica. Que destaca e faz-se notar. Que a sua singularidade promete e resta-me a mim, portador, o trabalho de cumprir. Se não singular, para quê ser? O meu nome, "Guilherme", obriga-me e eu obedeço. Arte de que fui, também, tardio aluno.
Há dois amigos (um, uma) que filhos têm com este nome. Vida um pouco mais fácil mas nem por isso. Óptima escolha, penso. Enquanto, vinte e cinco anos depois, me explicam o importante que é eu chamar-me também Manuel!

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