quinta-feira, 16 de julho de 2015

Retratos da Fundação: Terra Firme por José Navarro de Andrade.

A Fundação Francisco Manuel dos Santos - to cut a long story short - ligada ao Pingo Doce, tem publicado ultimamente uns livrinhos chamados "Retratos da Fundação", com sucesso assinalável.

Acabei de ler um chamado "Terra Firme", onde se conta a história - verdadeira - de uma herdade no Alentejo, a Herdade das Figueiras, o seu nascer e crescer, como passou o PREC, a adesão à CEE, a globalização. Há essa história, há outras histórias e há também ainda outra, a de um ano, um ano agrícola, porque a agricultura é o passar activo do tempo aplicado à terra.
O livro lê-se rápidamente e bem.

E está muito mas muito bem escrito! O que também é outra forma de homenagear a... "ingrícola"!



"Quando o telão da máquina fica repleto, a azeitona é despejada num saco de 100 quilos, daqueles de polipropileno reciclado - com textura de ráfia ao toque: quais cestos de verga de outrora... - que os recolectores abandonam. Logo que puder, um reboque percorrerá o olival a coligir esses sacos, para os esvaziar em tulhas no pátio central da Torre de Figueiras; daqui a carga transitará pela tarara de limpeza de maneira a que fique purgada de lixo e detritos. A pura azeitona é de seguida elevada até à grande tremonha aérea donde escorrerá a pique e com muito rufo para o bojo de um dos camiões que a vêm buscar e que vai sair da herdade pelo mesmo caminho por onde entrou, ou seja, pela balança. É na diferença entre o peso à chegada e à saída do camião que se calcula o volume da venda e o concomitante valor do negócio."



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