quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Lisboa e a democracia russa.

Hoje fui a Lisboa fazer uma espécie de salvamento. Em pleno salvamento almoçava um salmão no Campo Pequeno - preço exagerado, já agora - quando fui cativado pela conversa que um jovem fornecia ao seu parceiro, que parecia não ser português. Bebiam rosé o que me divertiu sobremaneira. Primeiro achei engraçada a forma demorada como o jovem descrevia as suas preferências de bebida. A cerveja não, claro, o vinho sim, havia umas garrafas que ele tinha lá em casa, parecia uma canção de engate. Depois falaram de política, de eleições aqui e acolá, de como era importante esperar para ver como corriam por causa dos negócios e tal. Por fim a frase reveladora e que me caiu como um tiro: "a verdade é que a Rússia é uma democracia como as outras, com as suas irregularidades como qualquer uma...", seguida de "era importante que o embaixador russo fosse mais proactivo" e a rematar "eu nem precisava de dizer isto, sabe que eu sou amigo da Rússia...". O salmão caiu-me mais ou menos. O lisboeta pro-russo menos. Estávamos no Campo Pequeno mas na praça não havia touros para onde o atirar.

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