sábado, 26 de novembro de 2016

Alto Douro, fim de Novembro.

As boas coisas, as boas terras, merecem ser vistas não só quando mandam os cartazes e os guias mas também nos outros dias. A aposta não será assim tão arriscada porque, se as coisas são boas e se as terras também, a recompensa é mais do que provável. Assim o Alto Douro Vinhateiro.

Hoje, passado o Marão, que me ofereceu as suas primeiras nevadas - e que bom fazer a IP4 agora com menos trânsito do que antes - tinha pensado ir espreitar o Montemuro por trás, que nevado também deveria estar. Ao descer a A24 pouco antes da Régua vi à minha frente as Meadas completamente fechadas com nuvens e percebi que iria gastar muito gasóleo para nada. Sendo assim, não havia como olhar à minha volta e sair da auto-estrada, onde parar não se pode, e fazer um pouco da N2. Novembro a acabar, as cores são de um Outono final. A vindima aconteceu ainda não há muito, a apanha da azeitona é por estes tempos. A terra deu tudo o que tinha para dar. Toda a chuva é bem vinda. As cores acobreadas das folhas da videira contrastam com o verde perene da oliveira, com o castanho escuro do terreno. Onde as há as cerejeiras também amarelaram. Os tons são de fim de festa, soa o aviso "vamos recolher", vem aí o Sr. Inverno, e eu bem que o sei porque a neve, já a vi.


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