Meu caro amigo, conheci-te onde mais interessa, onde comecei a ser médico. Era no oitavo piso, era no topo do mundo conhecido. Um ano mais velho e tão mais entusiasmado, tão mais entusiasmante. Que nunca abandonaste esse sorriso, a marotice de menino, o hábito antigo conservador para quem te conhece, porque pessoas antigas te fizeram. Ficámos ainda mais amigos em 93 - mas hoje não falemos desse ano, hoje não! - em Milão à procura de italianas e encontrando brasileiros. Muito aprendi contigo e, suponho, alguma coisa comigo ganhaste, um espelho deformado talvez, uma hipótese alternativa, de tão diferentes que somos, de vivermos tão diferentemente, irmãos sim na pura paixão por viver. Original é uma palavra assassina neste país. Não há ninguém como tu, quero eu dizer portanto. E como pode haver maior elogio?
Mais coisas lembro, a tua desorientação num quarto de hospital, sentado, quando me viste doente. Chamar-te amigo é pouco, conheces-me tão bem e eu a ti tão bem conheço que já há muito nos perdoamos os nossos defeitos. Agora foste embora deste Hospital que me é uma segunda casa e, um pouco, sinto-me sózinho.
Bah, ainda temos uma ou duas coisas para falar. Sabias por exemplo que...
Caro especial, muito especial amigo do Filipe,
ResponderEliminarNão pensei ler, das tuas teclas, as palavras que disseste...já não há pessoas "originais assim" que digam tais algumas coisas de um Amigo como tu disseste do teu Filipe Basto. É tudo verdade...mas tu sabes!
Um beijo. Adorei!
Cristina... bjs!
ResponderEliminarSabes reconhecer, é um dom de família! Fica bem. Beijinho.
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