domingo, 5 de março de 2017

Numa esquina pode aparecer uma bicicleta encostada.


Dizem que é como andar de bicicleta. Que nunca se esquece. Não comparo mas verifico. Que não foi esquecido. Falamos então da velha arte do barro. E de como as mãos são modeladoras. Verifico. A Olaria - um largo na minha terra - busca no ar o fogo que depois a água modera e fortifica. O barro faz-se boca à procura. Não comparo porque sei. E já sabia. Dizem que é como andar de bicicleta. Mas eu não sei andar de bicicleta, embora a minha filha jure o contrário. Ou se calhar sei. Que não se esquece. É o tempo nesta história o oleiro e eu na roda me encontro mais uma vez, mais as mãos modeladoras...   


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