segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Dezasseis.

A minha filha não faz anos de uma só vez. Por alguns imponderáveis, e também porque sim, sucedem-se uma, duas, três, quatro festas de aniversário. Sucederam-se, porque já aconteceu. Ele foi o ballet, ele foi com as amigas, ele foi com os amigos da mãe, ele foi em casa de meus pais. A festa com as amigas decorreu nocturna na hospedaria do Parque Biológico de Gaia. Organizados e fornecidos os víveres, feita a visita nocturna - bem mais extensa do que uma anterior porque o visitador tinha outro empenho e o tempo estava melhor - , retirei-me estrategicamente. Por cansaço de tanta luz. E pudor. Que perfeitos são os dezasseis anos. Idade imensa, que se permite ser sem passado nem futuro. Grandes e magníficas crianças ali estavam, prontas para o salto. Mas nele não pensavam e sim no bem que estavam ali.

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