sábado, 23 de janeiro de 2016

Um e Dois, onde se fala da... "Metrópole".

Um amigo meu que me dá a honra de ser meu doente já não ia a discotecas há trinta anos. Foi com uns amigos e - porque decidiu dar umas palavras de acalmia a uns energúmenos - perdeu uns dentes, partiram-lhe umas costelas, e rompeu o baço. Foda-se, nunca mais hipocoagulo uma pessoa amiga!

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Hoje também uma doente minha ofereceu-me um livro escrito pelo pai, o jornalista Jaime Ferreira, também reconhecido pintor, intitulado "Japão Hoje", edição do próprio em 1974. O livro tem um anacronismo extremamente saboroso e retrata um Japão que hoje já é passado. Gabo-lhe o gosto de ter fotografado as pernas das japonesas, descobertas pelas mini-mini-saias. Há outras fotografias também muito interessantes. O escrever é antigo - Jaime Ferreira nasceu em 1910 - e diz coisas hoje impossíveis de escrever como "A mulher no Japão - todos o sabem pelo menos por informação literária - é débil, meiga e desinteressada tanto quanto o ser humano o pode ser." 
Percebe-se depois que a viagem de Jaime Ferreira decorreu no acompanhamento de uma missão comercial portuguesa ao Oriente, onde também houve uma paragem - obrigatória - na Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, e ainda onde, marcando na escrita um tempo que estava em vias de morrer, se fala da... "Metrópole".

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