domingo, 15 de janeiro de 2017

Three Lovers.



Em 2008 James Gray realizou um filme que contribuiu um bom bocado para a construção e elevação do mito Joaquin Phoenix, o irmão "cheio" de River Phoenix.
"Two Lovers"/"Duplo Amor" é sobre um estranho rapaz ex-suicida, que sobrevive à sua recuperação, aquela cápsula de atenção que rodeia os que tentaram e falharam o suicídio - os que têm família para tal. E, como na canção do Marco Paulo, acontecem duas raparigas na sua vida. Uma é morena e é tal qual a família quer, uma morena kosher de boa extração. Esta actriz, Vinessa Shaw, é muito interessante, mas do outro lado está Gwyneth Paltrow, que, infelizmente para nós, é muito mais mulher, perdida, perdida, perdida. E cada bom homem (!) ao menos uma vez na vida pensou, pensa, pensará em salvar uma coisa oh tão parecida com esta Gwyneth Paltrow, encravada no papel de amante de um figurão major league. Eu troquei os versos porque é esta a ordem certa nesta história.
Joaquin Phoenix é Leonard Kraditor. A história baseia-se num conto de Dostoyevsky. Portanto mete culpa, castigo, bem, mal, etc. Deus me livre de o ir ler, já basta o filme: Gwyneth Paltrow perde-se de uma vez por todas e Leonard decide que merece um plano B e fica com a judia, num momento de supremo egoísmo masculino. Phoenix, Joaquin, retrata aqui bem alguém que na realidade é fraco das ideias. O retrato que posteriormente desenhará para Woody Allen em The Irrational Man é um desastre. O filme está bem feito, bem filmado, bem dito. Leonard é um escroque. Acordem, meus! Não há planos! Com ou sem letras, não há!

Agora, boom! James Gray tinha um plano secreto que depois foi filmado mas os produtores cortaram-lhe as pernas. No seu plano secreto Leonard Kraditor recebia um surpreendente sms aí pelas onze da noite de...

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