Há mundo em Arouca para além dos Passadiços do Paiva, e o ter observado filas em Espiunca à espera para entrar nos mesmos convenceu-me exactamente disso. E, porém, grande parte do concelho de Arouca - e do envolvente do Paiva - é Eucalipto Place, o que muito me entristece. E em Eucalipto Place, na freguesia de Alvarenga um pouco para sul, podemos descer até ao Paiva e observar a pequena aldeia da Paradinha. Esta já me parece não ter autóctones: aluga-se, vende-se. As casas não me parecem tão "optimizadas" como Lourizela-Águeda, embora pelo menos uma na periferia oeste tenha uma simpática piscina com vistas. O porquê da piscina quando duzentos metros abaixo está o rio de que se fala, não entendo - vá de ser preguiçoso! Duzentos metros abaixo, portanto, o Rio Paiva. Água nervosa, mexida, a não desiludir. Metade do leito está a descoberto oferecendo um rendilhado de pedras para calcorrear até à água. Três ou quatro crianças brincavam na água. Os temidos "espaços de apoio" dividiam-se entre um quadrilátero "exclusivo para a Associação dos Amigos de Cabrança e Paradinha" - a sério? mesmo? - com mesas para piquenique, e que eu não percebi se a proibição de (eu) entrar era para levar a sério ou não. À esquerda um pavilhão pre-fabricado em madeira fornecia lavabos, um bar e música de kizomba. Uns jovens adultos dançavam e bebiam umas cervejas. Era a zona para não-sócios.
Em resumo: o Rio recomenda-se e muito embora a vegetação envolvente autóctone seja escassa. As encostas estão quase completamente eucaliptadas. Mas até na Paradinha encontrei filhos e enteados...
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