Podia o mundo ter acabado em 1755 e não só uma versão de Lisboa e, mesmo assim, teria valido a pena. Cinco anos antes morrera Johann Sebastian Bach.
Considero Bach justificação bastante para a existência da Humanidade. Verdade seja que não encontro muitas mais. A música do compositor alemão abrange e ultrapassa todo o nosso sofrimento, a alegria contrita que às vezes nos é permitida, a tristeza que é diário alimento. Há Bach e os outros. Há Bach e, portanto, continuar a viver é possível.
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