O que tem feito Mário Centeno? Vê-se muito menos que Maria Luís Albuquerque. Surge para se zangar com Carlos Costa, o seu ex-empregador no BdP. Os bancos têm sido o NOSSO (e dele) pior pesadelo. E pouco mais. Pede paciência. Os cortes, a poupança, não os decide ele mas o governo todo, e cada ministro assume-os: Saúde, Educação, etc. A folga orçamental não existe. Quem ler o seu ensaio 'O Trabalho, Uma Visão de Mercado' para a Fundação Francisco Manuel dos Santos, apercebe-se que ele não é um perigoso esquerdista. Flexibilizar o despedimento mas penalizando quem mais despede, para que diminuam os contratos a prazo. Facilitar a negociação laboral fugindo à 'ditadura sindical'. Alterar o subsídio de desemprego e as indemnizações por despedimento (diminuir e aumentar, respectivamente) para estimular a reentrada no mundo de trabalho. Não, Centeno não é um perigoso esquerdista. Mas sabe que a política está primeiro: por isso aceitou sem mais o aumento do salário mínimo. E também sabe que - EXCEPTO NA ÁREA DA SAÚDE - a questão das 35 horas é secundária. Chegará algum dia Mário Centeno a poder pousar a máquina calculadora? Se calhar só mudando de ministério.
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