De
El-Rei D. Sebastião ficaram para a História várias histórias,
envoltadas no manto do mito. A que sempre mais me fascinou foi a
frase que El-Rei terá proferido quando percebeu que a batalha estava
perdida. “Morrer sim, mas devagar!”. El-Rei morreu no mês de
Agosto de 1578 em Marrocos, quente mês de Agosto onde o batalhar
deve ter sido custoso. A frase valente de um rapaz de vinte e quatro
anos decapitou um País. El-Rei e a sua guarda de honra, na realidade
a nata da nobreza portuguesa, foi por real desígnio guerreando e
guerreando campo fora até que aos mouros, que prefeririam conseguir
cativos para depois obter chorudos resgates, não lhes restou outra
alternativa senão mata-los a todos. Solteiro e sem descendentes não
por “opção” mas por capricho e teimosia, D. Sebastião, não
mau governante nos poucos anos que teve as rédeas do poder, decidiu
a cor da sua página na História naquela tarde de Agosto em
Marrocos. Era Portugal muito menos e aceitou D. Afonso Henriques a
condição de prisioneiro em Badajoz. Se El-Rei é a cabeça e o
coração e o braço armado de um País, morto El-Rei o País morre
ao não haver descendência. Tivesse D. Sebastião aceite a
humilhação de uma prisão e de um resgate e salvava-se um País.
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