Em tempos que já lá vão Vidago e as Pedras Salgadas eram o início e o fim de um contra-relógio que era frequente na Volta a Portugal. A estrada sobe de Vidago para as Pedras. Era selectivo.
As Pedras Salgadas tornaram-se famosas antes de Vidago. D.Carlos estanciava no Hotel de Avelames, um hotel fundado em 1896 e de que hoje não resta pedra sobre pedra. O comboio chegou em 1907, o Casino em 1910, embora nunca legalizado pela República. O parque está recuperado, é extenso, rugoso, e contem as requintadas "casas na árvore" que ganharam prémios bem como as as outras que estão no chão. É confuso, pois se não tens dinheiro para uma das "na árvore" vais ficar nas "terminações"? A sério, as casas "de cima" são giras, caras, claro! O parque é visitável pelo público, ainda. Ao contrário de Vidago, na prática hoje não há mais onde ficar nas Pedras. Pena o Avelames ter ido abaixo.
Pedras Salgadas fica no concelho de Vila Pouca de Aguiar, freguesia de Bornes de Aguiar, num planalto que liga o que resta do Alvão à Serra da Padrela. Um nativo de Chaves não bebe Água das Pedras, sim Água de Vidago, por uma questão de patriotismo.
Hoje em dia as Águas das Pedras e as Águas de Vidago pertencem à mesma empresa, a Unicer. Foda-se: como pode haver competição. Pedir uma "Água das Pedras" já não é a mesma coisa. Esqueci-me de dizer que em Vidago existe também a Marca Campilho, da Nestlé. Agora que penso, um nativo de Chaves bebia Vidago Salus...
Antigamente a linha do Corgo fornecia um apeadeiro a cada balneário de Vidago, aos três, por ordem sul-norte: Salus, Vidago, Campilho. Em Vidago substitem as ruínas de velhos hotéis. Nas Pedras não.
No extremo norte do Parque das Pedras Salgadas um belo edifício existe encimado pela palavra que se repete: "Garage". Isso é que foram tempos!
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