quinta-feira, 28 de julho de 2016

N2 - A Vila Velha de Vila Real.

Vista do Marão Vila Real parece ficar num vale. Não será bem. Ou então é necessária aquela reserva mental - a do saber - para nos lembrar que bem para baixo existe num canhão um rio, com despenhadeiros de mais de cem metros de altura, ali junto ao centro da agora Cidade. Sim, que o ser Cidade em Vila Real tem menos de cem anos.
A N2 entra por Vila Real adentro e vai ter à base da Avenida Carvalho Araújo, uma espécie de Aliados com árvores. À direita a Câmara. Poucos saberão o que está para trás da Câmara Municipal de Vila Real: A cidade parece começar dali para a esquerda. Mas não.
A N2 veio a ladear o rio Corgo sem muito se aperceber dele. Recebe à sua esquerda a alta ponte de ferro que antigamente ligava à estação - hoje um monumento à saudade.
Ao contrário da antiga Chaves, Vila Real foi fundada tarde e por desígnio régio - o nome o afirma. Era precisa uma terra que fosse cabeça de casal das velhas Terras de Panóias. Vila Real  foi fundada por D.Dinis, num esporão rochoso virado a sul entre despenhadeiros, onde o Cabril se junta ao Corgo. A Vila Velha era isso, a Vila Real de antigamente, murada até ao séc. XVIII, e ocupava o estreito espaço que fica para trás da Câmara e do Liceu Camilo Castelo Branco. Hoje nada resta. Minto, há um Museu sobre e um jardim, restos das fundações das muralhas. E um passadiço que rodeia em sub-cota o esporão até começar a descer em ziguezague para os rios. Com vista para a ETAR de Vila Real que, dedicada, abraça e portanto quase tapa o Cabril. Que bem escondida está esta ETAR!





Voltemos ao Corgo: que belo desfiladeiro! Os moços de Vila Real não estarão convencidos: não há um banco no passadiço que não esteja vandalizado.

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