Nanni Moretti é um realizador de cinema italiano que se tornou conhecido nos anos 80 e depois foi aparecendo e desaparecendo, até ter ganho a Palma de Ouro em Cannes em 2001 com "O Quarto do Filho". Se se podia esperar, após esta consagração, mais constância na produção de filmes, tal não aconteceu. Moretti demorou cinco anos a voltar a mandar cá para fora um filme, "O Caimão", filme também sobre Berlusconi mas sobre muitas outras coisas mais. Tinham passado cinco anos, a crítica não foi unânime, e Moretti manteve o ritmo de antes, um filme cada 3 a 5 anos. Só vieram portanto mais dois. Moretti não é o Almodovar italiano nem o Woody Allen italiano. É atípico em tudo. Os seus filmes são frequentemente protagonizados pelo próprio, jogam à autobiografia, metem números musicais, têm um humor muito próprio, ora contra o sistema ora contra a intelectualidade ora contra a Itália como um todo, com uma melancolia própria de um homem xde esquerda em luto pela morte da esquerda italiana. Um luto que em Moretti não cessa.
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