MINÉRIO
roubar ruído ao que toca,
e ouro à água corrente
roubar os dentes à roda
da fortuna
retirar todo o sentido
ao castigo
que faz vão e descabido
tudo quanto em nós se faz
arrumar lá para um canto
aquele antigo condão
de fechar os olhos cedo
e pedir ao sonho certo
que viesse e que durasse
até ao dia seguinte
Regina Guimarães, Caderno do Regresso, Hélastre, 2010.
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