sexta-feira, 21 de outubro de 2016

De Águas Santas para Matosinhos - parte três.

Pela Rua de S.Gens entramos na Senhora da Hora. Rua de bairros térreos, bairros operários. A Senhora da Hora forneceu o grosso da história escolar da minha filha. Que não acabou bem - um dia falaremos da jericada que é a criação dos Agrupamentos Escolares. Mas foi feliz na Escola dos Quatro Caminhos, deslocada para  a Escola do Sobreiro, cinquenta metros acima. Por ali perto nasce a Rua do Senhor, onde nasceu e hoje, milionário e moribundo, subsiste um mau infantário que já foi bom. Um infantário nunca devia poder passar de mãe para filha. Nas fases mais recentes o lanche era meia pêra e para condicionar as crianças a não desperdiçar comida eram projectadas na parede imagens de meninos africanos com barrigas-de-água. Não, os pais nunca sabem por completo o que na(s) escola(s) acontece. A não ser quando acontece o maltrato psicológico violento em que a Escola Amarela - bem aplicado nome - se especializou. Por ali - Senhora da Hora - viveu um primo meu por afinidade. Vivia maritalmente com uma criatura que o maltratava e o procurava nos cafés: "Viram o meu homem?". Sempre me pareceu exagerada a crítica a esta bruta expressão: não somos nós animais de posse sem mais? Também na Senhora da Hora fica o meu Centro de Saúde. Ou ficava, já não sei bem. Na esquina da Rua da Estação Velha com a Avenida Fabril do Norte - e o Metro - fica uma apertada e muito boa sala de estudo. Ajudaram-nos a perceber tudo e no momento certo.

Junto à Escola dos Quatro Caminhos há bons sítios para estacionar. Mas estacionar pode ser também perder o lugar se não prestarmos atenção.

De um infantário falei mal e com razão. Et, pourtant, danser...

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