quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Agostinho, ano 3.

O ano de 71 começou internacionalmente para Agostinho outra vez em Espanha, em Março, na Setmana Catalana, integrado num misto do Sporting e da equipa de Gribaldy, este ano patrocinada pela Hoover. Agostinho furou duas vezes na etapa rainha e sobreviveu qb para um 20º lugar. Reaparece em Maio indo pela primeira vez à volta à Romandia. A volta à Romandia decorre na Suiça de expressão francesa e antigamente servia para preparar o Giro de Italia. A participação também foi discreta, terminando em décimo sexto. A aproximação ao Tour passou outra vez pelo Dauphiné Liberé. Agostinho voltou a começar bem, fazendo pódio na 1ª etapa, mas alguma irregularidade atirou-o para 17°. As corridas de uma semana ou menos complicavam a vida a Agostinho, um corredor a quem quase sempre uma etapa saia mal. Em três semanas havia tempo para recuperar e voltar lá acima, numa semana não. E chegámos ao Tour, o terceiro. O Tour de 71 pertence à dezena de Tours mais importantes da história do ciclismo de estrada. Nele Merckx foi dominado por Ocaña, até que Ocaña caiu. Merckx acabou por ganhar mas ficaram sombras sobre a sua vitória, nomeadamente nas montanhas. E Agostinho? Esquecendo Ocaña, caído, Agostinho foi o 2° melhor contra-relogista do Tour, só atrás de Merckx, e foi o 5° melhor trepador. Acabou em 5°, a sua melhor classificação de sempre e a que ficou como a melhor até setenta e oito. À sua frente só vencedores do Tour: Merckx, Zoetemelk, van Impe, Thévenet. Isto, no mundo de hoje, equivaleria a um Tour onde tivesse caído Contador e à frente de Costa – para fazer o paralelismo – só aparecessem Froome, Nibali, Quintana e Valverde. Agostinho fora top dez em nove etapas e fizera segundo no contra-relógio final e terceiro numa chegada de montanha, à frente de Merckx. Mais uma vez Agostinho voltou à terrinha para ganhar a Volta, e depois, no fechar da época, foi terceiro em A Travers Lausanne, 4° em Montjuich e 4°no GP Lugano, uma prova de Contra-Relógio.

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