segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Teka - 2.

77: en Andalucia começaram Martins pela Kas e Mendes pela Teka, sendo respectivamente 10º e 13º. Agostinho apareceu na Volta a Levante e foi 7º. Seguiu depois para se estrear na Tirreno-Adriatico, corrida que nunca tinha feito, onde foi 13. Chegou ao fim na Milano-Sanremo e voltou a Espanha para cumprir a sua sexta Setmana Catalana, onde foi 4º no meio de cinco belgas. Ganhou Maertens, a nova coqueluche. Mendes foi 21º. Martins reaparece com a Kas em Euskadi onde se mostra bastante mas termina 17º. Ganha a prova outro Kas, Gonzalez Linares… As equipas espanholas sempre se apresentaram na sua máxima força na Vuelta. Sintomaticamente Martins não foi escolhido para a Vuelta, ao contrário de Agostinho e Mendes na Teka… A Teka de 77 não era a Teka de setenta e seis. Agostinho no ano anterior só tinha a concocrrência de Aja. Em 77 a Teka tinha contratado Tamames, Elorriaga, Thaler, Miguel Maria Lasa e Pedro Torres. Agostinho perdeu quase 4 minutos - Mendes não… - logo na 3ª etapa e Gandarias, um seu gregário dizia aos jornais: “yo veo que estamos cuatro hombres solamente para trabajar, que los restantes son capitanes!”. Agostinho voltou a perder seis minutos na 9a etapa e foi assim até ao fim o 6º melhor… da Teka, mantendo-se sempre atrás de um Fernando Mendes mais regular. Para o fim da Vuelta Agostinho acordou, entrou em fugas, andou com os primeiros mas o estrago estava feito. A Teka tinha feito 2º - Lasa – e 3º - Thaler – na Vuelta. Agostinho? Sobre os sinais de vida do ano passado pesava uma interrogação e começava a falar-se da idade de Agostinho: 34 anos. Agostinho não voltaria à Vuelta. E até hoje não voltou a haver um português no top dez da Vuelta. Os três portugueses reencontraram-se (castigados?) na pequena Volta aos Valles Mineros, prova asturiana de Maio que Martins já ganhara em 75. Este ano Martins apenas ganhou umas metas volantes. Mendes foi 2º como 2º tinha sido na etapa decisiva, e Agostinho 4º, tendo ganho as duas etapas do 3º dia. Nazabal tinha sido o vencedor, sendo da Teka. Aproximava-se o Tour… como vingança pode dizer-se que a equipa escolhida pela Teka para ir ao Giro passou ao lado da corrida… Os mesmos três corredores portugueses vão ao Dauphiné Liberé. E… Agostinho ressuscita. Trepa com o s melhores e termina 4º, apenas atrás do jovem Hinault - a sua 1ª grande vitória – Thévenet e van Impe. Mendes foi um honroso 13º e Martins 24º, ambos com bons “apontamentos”. Convictamente, Agostinho fôra o melhor “espanhol”. As equipas espanholas esqueceram-se do Midi-Libre e só a Kas foi à Suiça onde, ao contrário do ano anterior, Martins terminou num discreto décimo oitavo. O Tour… o Tour decidiu começar nos Pirinéus e na 2ª etapa – 253 km e o Aspin, o Aubisque e o Tourmalet para subir – Agostinho perdeu dezoito minutos para um grupo dianteiro de 14 onde seguia… Gonzalo Aja. Daí para a frente Agostinho foi recuperando tempo, fugiu numa etapa onde depois acabou por levar 10’ de penalização por doping – Mendes também , enfim, terminou ainda assim 13º, ao menos à frente de Aja que se veu progressivamente a apagar. Agostinho fôra o melhor “Teka”, mas sem brilho. Martins conseguiu um bom 16º – e foi o 2º Kas, atrás de Galdos – e Mendes 27º. Agostinho voltara ao Tour, fizera uns foguetes mas… Refira-se que o doping de Agostinho foi muito contestado… pelos espanhóis! Agostinho e Mendes foram suspensos por um mês… e esse ano não se ouviu falar mais deles. Martins foi 11º nos 3 Dias de Leganés e ganhou a Clásica de Sabiñanigo, uma prova com boa reputação em Espanha. No entanto o facto de ter sido utilizado para o Trofeo Masferrer, prova de abertura da Volta a Catalunya mas na própria Volta mostrava o seu lugar na equipa: nenhum. Em setenta e oito Martins rumou para a Teka, Mendes voltou a Portugal, para… o Porto! E Agostinho? 77 fôra o 1º ano em que o seu melhor lugar tinha sido numa prova de uma semana, o prestigiado Dauphiné...

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