Hoje era dia de corte. Desencontros vários tinham até hoje cortado as hipóteses deste apocalipse de higiene. Passando várias vezes de carro verificava fechadas as portas, assumidas férias, do barbeiro, minhas... passaram seis meses?
Estacionei. Passara e mantinham-se fechadas as portas, caramba! Fechado de vez? Agora onde cortar o cabelo, aparar a barba? Isto são intimidades que um homem não muda a localização de ânimo leve. Aberta havia uma loja à esquerda, dentro por entre edredons e colchas um bem apessoado portuense, casaco e gravata, porque isto do negócio é coisa séria. "O Poderoso fechou?" "Fechou, já há uns meses. Procura o Sr. Manuel?" "Sim..." "Na Antóno Cândido, nos terceiros semáforos, à direita e depois à esquerda. Encontra-o lá." "Obrigado."
Antero de Quental acima, um, dois, três semáforos. Direita e esquerda. Minimercados, pequenos negócios, cafés e pastelarias, lojas de euro. Algumas lojas de melhor coturno, afinal é a Antero de Quental e cruzas a Constituição. Direita e esquerda e o quê? "Cabeleiro Teresa Botelho, unisexo". E, visto através da porta aberta e a cortar cabelo, o Sr. Manuel, que me reconheceu. Atravesso a rua, cumprimento o pessoal, Teresa Botelho, cheguei!
E tudo isto porque aquele senhor engravatado da loja do lado me tinha indicado o caminho, Pena sim que, cedendo à sugestão do seu neto, única explicação que eu aceito, a sua loja dê pelo nome de "COLCHOARIA KENTAL"...
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