domingo, 11 de setembro de 2016

Vienna day three.

O MUMOK é o Serralves lá da zona, no balizar temporal das obras que apresenta. É na realidade um paralelepípedo com as arestas arredondadas que fica no Quarteirão dos Museus.
 
Caminhámos até ao MUMOK tomando um caminho mais longo - porque me enganei nas direcções. Serviu este cansaço para confirmar a monotonia arquitectónica de Viena, ou harmonia, se preferirem. O MUMOK é - também, como o Leopold - um excesso de coisas para ver. Mas o que espanta mais é, numa enorme sala, terem em exposição a coluna vertebral da exposição permanente pendurada do tecto quase como que a esmo, "em grelha", atravessando a sala. Começando por Picasso e...
 
Fomos almoçar ao Naschmarkt passando outra vez pelo Edifício Secession. Almoçámos chinês, ou melhor, asiático.
 
Por questões para aqui desinteressantes procurámos uma loja TIGER. O Porto tem meia dúzia, em centros comerciais estratégicos. Viena tem uma, pequena, numa rua pedonal mas já um pouco afastada do centro, a Favoritenstrasse. Parece que vão mudar de nome e passar a chamar-se FLYING TIGER. Em Viena estarão em crise...
 
Porque não ficava longe, e via metro, fomos depois ao Belvedere. Belvederes há dois, o de cima, o dos postais, e o de baixo onde está o museu que aloja "O Beijo" de Klimt. Os jardins são extensos, perfeitos, e alojavam uma instalação de Ai Weiwei que, em parte, se referia à crise dos refugiados na Europa: no lago central havia um desenho que era construído por coletes de salvação, daqueles que nem sempre salvaram. A mensagem não era óbvia. Eu sei que isto da arte e tal, mas os refugiados pediam se calhar menos subtilezas...
 
"Dado" "O Beijo", fomos andando até ao Resselpark onde os Vienenses aproveitavam o fim da tarde, à sombra da enorme Karlskirche, passando pela Gardekirche, a igreja dos polacos de Viena - imigração não recente mas antiga, dos tempos do Império, remoçada com uma estátua de João Paulo II à porta. Depois fomos tomar alguma coisa ao café da Karlsplatz Stadtbahn Station, uma estação desactivada em estilo Art Nouveau.
Estávamos exaustos.

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