O Metro de Viena é eficaz, simples de usar e chega a quase todos os lados. A todos os lados chegam os trams. Não o frequentámos de noite. Mas circulámos no metro com uma mulher usando um niqab. Digo-vos: não é bom.
Pode comprar-se um bilhete de metro para três dias que depois dá inúmeros descontos. Foi o que fizémos. E, acompanhado por gente tão mais nova do que eu, resolvi ir despachar o Prater. O Prater é um parque de diversões desde o séc. XIX. Nele se inaugurou em 1897 a Wiener Riesenrad, a roda gigante mais conhecida do mundo e, que, de 1920 até 1985, também foi a mais alta. Nela subimos. Depois arriscámos numa montanha russa que metia água mas afinal não assim muita. O Prater não estava cheio pois era uma manhã de dia de semana. As diversões eram as habituais e mais que muitas e muito aaaaaltas! Almoçámos na Schweizerhaus, ou Casa Suiça, um clássico da zona. Não almoçámos o pernil, a especialidade. O serviço foi... curto e grosso. O ambiente era austríaco e, pareceu-me, pouco tourist-friendly. Acho que tivémos azar com o empregado, cuja profissão principal deve ser traficante de mulheres ou segurança numa discoteca de fronteira.
Resolvemos aproveitar a nossa independência via metro e viajámos até Schönbrunn, o Palácio de Verão dos Habsburgos. Dizem ser a Versailles de Viena. Se é, já não preciso ir a Versailles: Schönbrunn serve-me bem. Não que tenhamos entrado no palácio, não era esse o programa. Os jardins são grandiosos, enormes, brilhantes, perfeitos. E, ao cimo de uma encosta, gloriosa, uma construção em contraponto, a Gloriette.
Infelizmente não subimos à Gloriette e cedemos à tentação de entrar no Tiergarten, o Jardim Zoológico de Viena, famoso pelos seus Pandas Gigantes. Um Jardim Zoológico é um museu de tristeza. E se se dá algum espaço adicional aos pobres animais eles fazem o esperado: escondem-se. Não vimos os rinocerontes, não vimos os ursos polares, panda gigante um só. Se não tivesse pago uma barbaridade pela entrada, por mim até melhor assim...
Ao sair do zoológico passámos por uma gigantesca Palmenhaus de 1880. Á volta éramos antecedidos por um enxame de monges budistas, ou isso... Viena uma Babel, não?
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