domingo, 23 de agosto de 2015

About Robert Wyatt.

Mais uma vez Robert Wyatt. Ouvi-o pela primeira vez a cantar "Shipbuilding" de Elvis Costello, no RollsRock do António Sérgio, da Comercial, ano 82. Baterista dos Soft Machine nos anos 60, paraplégico desde 73 ao cair por uma janela abaixo. Com direito a um concerto de desagravo em 74 com a presença de Mike Oldfield, Nick Mason, you name it. Nesse mesmo ano lançou "Rock Bottom", uma obra-prima de não-rock, mais citada talvez do que ouvida. Mas o início dos anos 80 libertou o amplo iconoclasta que havia em Wyatt. Um disco de versões revolucionárias "Nothing Can Stop Us", um disco de pop alternativo "Old Rottenhat". Robert Wyatt pertencia ao CC do Partido Comunista Inglês, participava no single "Venceremos" dos Working Week, contra Pinochet, produzia "The Wind of Change"  a favor da SWAPO da Namíbia... Wyatt was hip again! Felizmente as idiosincrasias de Robert Wyatt nos discos seguintes, "Dondestan" - 1991, "Shleep" - 1997, "Cuckooland" - 2003 e "Comicopera" - 2007 equilibraram a atenção.
Robert Wyatt vive numa discreta casa com  a pintora e escritora Alfreda Benge - casamento tb no tal ano da ressurreição de 74, rodeado de sintetizadores, percussões e trompetes - os instrumentos de predilecção do homem. Fez 70 anos em Janeiro e diz que agora chega, nesta entrevista.



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