segunda-feira, 17 de agosto de 2015

"C'est pour ça que je suis communiste!".

Não me lembro bem, Cristina Pinto, seria o ano de 1997 ou por aí perto, trouxeste da tua amada França, do Hospital onde tinhas feito Intensivos um simpático e jovem especialista em trombólise no tromboembolismo pulmonar, lembras-te, foram umas jornadas no Seminário de Vilar, quase juro, o rapaz fazia-se acompanhar por uma simpática anestesista, não sei bem o que quer dizer a expressão "boa como o milho" - porque não outra gramínea? - convidaste-me a acompanhá-los a conhecer melhor o Porto, subimos até à Serra do Pilar no meu AX, ficámos por ali a admirar o postal, o pôr do sol, eu a saber muito menos francês do que o desejado e ela ali enceta uma declaração virada para o rio, olhos semicerrados, estava sol, fala sobre tudo o que é importante na vida - foi então sem dúvida o que me pareceu - e termina: "c'est pour ça que je suis communiste!". 
Lembras-te Cristina Pinto? E se mantiveres algum contacto pergunta-lhe o que acha ela hoje "de tout ce que ce passe maintenant dans l'Europe, dans la France...", se ainda mantém acesa essa velha chama...

Mas, mais importante do que tudo o resto, lembras-te, Cristina Pinto?

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