A costa portuguesa que se faz desde Peniche até à Nazaré é a mais mexida e interessante do país, no que à orogenia diz respeito.
Já falei do Baleal. Uma dezena de kms acima fica a foz da Lagoa de Óbidos, que se chama na realidade Foz do Arelho. Almoçámos e depois descemos à praia. Lembro-me que havia algum vento. A Foz do Arelho tem areia virada para a lagoa e virada para o mar. O entrono convence.
Aproximámo-nos de São Martinho do Porto pelo lado da poluição. Na baía em concha semi-fechada por uma dupla arriba/muro, desagua o rio Salir, mais os seus eflúvios suínicos. São Martinho do Porto recuperara finalmente bandeira azul em 2011, perdeu-a agora outra vez em 2015. Não chegámos à prais, parámos em Salir do Porto onde o tal rio acaba na baía, existe um longo passadiço que se faz bem, e uma encosta arenosa que é a delícia para quem se atreve.
A Nazaré fecha a costa mais original de Portugal com o Sítio e, a norte deste com o seu agora celebérrimo canhão. Em 2011 ainda não era assim.
A onda do McNamara só aconteceu em 2013. Espreitámos a praia do Norte, passeámos no Sítio e apreciámos a sua vista de vertigem, descemos o funicular, almoçámos num restaurante que estava vestido como se para um casamento, demos uma volta pela arrumada Nazaré de baixo, voltámos a subir o funicular. Nazaré sobrevive ao postal mas por uma unha negra.
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