O museu mais importante de Atenas não é o museu da Acrópole mas sim o Museu Nacional de Arqueologia. Recebe menos turismo, entre outras razões, porque fica um bocado deslocado do centro. Por isso foi o projecto de todo um dia. Fomos pela vandoma turística até Monastiraki. Aqui metemos sentido norte para Athina, mais uma rua comercial, e visitámos o mercado central de Atenas. Grande e moderadamente caótico, a meio caminho entre a assepsia ocidental e o deboche alimentar do oriente. Umas centenas de metros depois a praça de Omonia, um nó rodoviário. Onde tive o único laivo de insegurança que dava pelo nome estranho, oh se estranho, de... "Cafetaria Janeiro", frequentada só por homens e predominantemente barbudos e desocupados. Seguimos ainda mais para norte e encontrámos o edifício Neoclássico que alberga o museu. Apesar do assalto ocidental feito durante séculos às ruínas gregas, muito ainda ficou para ser mostrado. Pode discutir-se se a civilização Grega foi uma civilização mediterrânica ou a primeira civilização europeia. Talvez a primeira opção seja a correcta. Mas a Europa nasceu do Mediterrâneo. E o seu nascer e crescer vê-se neste Museu como, possivelmente, em nenhum outro lado. As esculturas das Cíclades, os frescos Minóicos e de Santorini, Micenas, os períodos Arcaico, Clássico e Helenístico. Tudo isto foi visto com companhia interessada. Logo à entrada estava a máscara fúnebre em ouro de Agamemnon, nem mais.
E à saída tomámos uma fantástica sanduíche similar aquela do Pireu numa esplanada ao lado do Museu que tinha, julgo, seis televisões, cada uma a dar um canal diferente. Podias escolher onde sentar-te para ver o canal grego preferido! Clever, yes?
À noite voltámos a jantar numa praceta em Plaka. A cem metros ficava o Cinema Paris, um cinema de bairro ainda activo. Comprámos um pequeno poster do Pulp Fiction em grego, claro. O rapaz que nos embrulhou o poster, interrompeu o serviço várias vezes para "obliterar" os bilhetes da sessão nocturna...
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