quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A Frente Popular.

Isto da Frente Popular tem uma certa história. E só pelo gozo ter conversado com alguém hoje que estará a ponderar exilar-se para o Brasil já terá valido a pena este frisson.

Vamos esquecer a Frente Popular original - que aconteceu em França antes da Segunda Grande Guerra. A cópia veio depois da eleição de Miterrand, em 1981. Miterrand encarregou Pierre Mauroy de fornecer 4 ministérios ao PCF. Georges Marchais, o secretário-geral do PCF, ficou fora do governo. Isto foi o princípio do fim do PCF, ainda antes da implosão da URSS. 

Aqui o Governo de Esquerda vai ser possível. O BE e o PCP vão adquirir concessões nos "chamados temas fracturantes"  - aborto, adopção por homossexuais, drogas leves und so weiter - e que não contam para as contas da mercearia. Nestas, a retoma mais rápida de determinados salários - olha, o meu - e pensões, etc. obrigará a alguma ginástica orçamental mas - parece-me a mim - nada de extraordinário ou impossível. Talvez aconteça dar com uma mão e tirar com a outra. Nada a que não estejamos habituados. 

Por um cheiro de poder o BE e o PCP venderão a mãe e cinco tostões. Estamos todos espantados com isto. É que quando o CDS, por ex., faz o mesmo, pronto, é dos nossos. Agora que os outros tenham comportamento daquilo que são... políticos, não se pode! Na merda, meus caros, é mesmo importante que as moscas mudem!

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