domingo, 4 de outubro de 2015

VI Festiblas - e 6.

E os anos passam. O Hector segue a sua vida em Lugo, e eu por aqui. As amizades a sério serão para sempre, mas quando eu não espreito o que andas a fazer na tua horta há anos... Mas as amizades a sério são para sempre. Por isso, Hector, tolerei os teus dez minutos de euforia Messi - só a ti tolero uma euforia Messi o meu lado, tu que és do Barça desde sempre e tens a felicidade de ter o melhor jogador do mundo no teu clube. Contaste-me sim do como sofreste com a saída do Luis Figo, e eu compreendi-te, pois eu também achei uma cagada o que o Figo fez. Lembrámos Zidane e concordámos que Portugal tem a mania das medalhas de prata no que ao futebol diz respeito. Na manhã de sábado não só não tinha o telemóvel esperto comigo como o saldo do roaming tinha-se acabado. A tarifa easy roaming, tão prática em Atenas, resultara um roubo em Lugo. Tomei o pequeno almoço e fui ao carro buscar moedas. Telefonei-te de uma cabine pública, coisa que já não fazia desde o século passado. O almoço era familiar, eu também tinha alguma inconfessada pressa em voltar. Esperei por ti, fui até à Totem vasculhar comics, verifiquei como Lugo estava em festa pelo San Froilán, Fazia um sol de inverno óbvio. As temperaturas de 20 graus do litoral norte não eram para aqui chamadas. Apareceste, bendita Lugo que, quando se pede uma água sem gás te oferece uns pinchos de graça. Da cozinha ainda pediste um pouco de bucho. Eu estava um pouco instável ainda dos excessos da noite, resolvi passar. Fomos até à Praza Maior, onde a acaldesa dava início oficial às festas de San Froilan, ao som de gaitas, era? Logo depois e também em galego um senhor forte de voz bem colocada começou a apresentar um senhor boi, resoluto representante das raças bovinas galegas - da Terra Chá? - que, apesar de enorme e resoluto, se recusou a avançar até ao meio do "palco". - Só em Galicia, disse! Sem me censurares foste esclarecendo que o San Froilan sempre foi uma feira agrícola e de gado, portanto... E assim vi Lugo resumida, a cem metros a livraria de comics Totem, com coisas que no Porto não há, outros cem metros o Clavicémbalo onde eu passara uma noite divina e se tocava música que ao Porto não chega - excepto Mujeres, LOL. Na Praza Maior um boi era apresentado à multidão. E viva a Galiza, pá. Mesmo! 
Hector, até Abril!

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