Não voltei a Chaves de autocarro mas sim de automóvel. Agora pela Auto-Estrada do Alvão entra-se por norte, mas antigamente a entrada era pela estrada que desce de Vidago e que termina numa recta, agora muito alterada e que tinha o engraçado nome de Recta do Raio X.
O grosso de Chaves fica a poente do Tâmega. Atravessando a ponte romana - fantástica ponte - uma rua sobe e apanha à sua frente o Largo do Arrabalde. A parte "oficial" fica à direita com o Palácio da Justiça e a parte popular fica à esquerda com as tabacarias e os cafés e o início das ruas que dão para a parte velha da cidade. Nós seguimos em frente pela Rua de Santo António e chegamos ao Jardim das Freiras, que hoje já não é jardim. Ali fica uma escola secundária - o antigo convento, uma Biblioteca e dois dos principais cafés da cidade. É seguir mais um pouco e chegamos ao Jardim do Bacalhau, cujo nome nasce do formato do largo, um trapézio que equivale ao bicho, se seco. Para norte e oeste a cidade já é mais recente. Logo ali subindo uma rampa à direita fica o Forte de S.Francisco. Mas o que importa é o que fica à esquerda desta Rua de St António: a parte alta da Chaves, com o Castelo e a Igreja Matriz, e as ruas que daqui descem para o Arrabalde e o rio, perfazendo a zona de bares e de "movida" de Chaves, com um marcado perfume de marginalidade e de degradação como não há outro em Trás-os-Montes. Junto ao rio fiçm as termas e uma zona verde com cafés e tal e coisa.
Chaves só não é a terra mais povoada da província de Trás-Os-Montes porque Vila Real ganhou muita população com a UTAD e, depois, com a promoção do Hospital a Central. Chaves tem também direito aos seus mamarrachos - e tem bastantes. E tem um Hotel-Casino a norte, num descampado junto à Auto-Estrada, para os desmandos trasmontanos e galegos acontecerem a bom recato. Eu gosto de Chaves.
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