Não sei porque não tenho fotografias deste dia no computador mas cá vai: Montalegre é uma vila que fica numa estrada, ou rua, se lhe quiserem chamar, que sobe por uma encosta que depois termina no Castelo. Tem um Hotel onde podíamos ter ficado mas não aconteceu, e ainda bem – almoçámos e havia muita gente, muita confusão, não teria sido bom. Tem rotundas quanto baste para afiançar que estamos em Portugal. E tem uma nave espacial gigante, no meio da terra plantada, que dá pelo nome de “Pavilhão Multiusos”. Em sentido contrário – isto é, “para baixo” está o SASU onde fizemos uma visita rápida – estava lá a prestar serviço uma pessoa amiga. Sobre o castelo não vou falar, é um castelo de postal e por isso é muito visitado. As vistas são boas e as esperadas. E para norte o que se vê, sobretudo, é o Larouco. E o que é o Larouco?
Isto das estatísticas tem que se lhe diga. Nas montanhas, e perdido o Ramelau timorense e esquecendo o Pico nos Açores, nós sabemos bem que as montanhas portuguesas são a Estrela... e o resto. À frente do pelotão do resto, a 400 e tal metros de diferença, e à frente, do Gerês-Parque Nacional, está o Larouco. Quem visita o Larouco? A partir de 2014 a Volta a Portugal… e nós. Não muito mais gente. O Gerês é, efectivamente, a segunda maior mole montanhosa do “País”. Prolonga-se, para além do mais, no Xurez galego. O Larouco não é nada disto. Montalegre fica um pouco elevada em relação a um irregular planalto que se prolonga até Espanha. Agora imaginemos que em cima deste planalto, que está nos 700-800m de altura, metemos uma Serra de Sintra, uma Arrábida ou um Montejunto: ficamos com os 1525m do Larouco! O Larouco é isto, umas bonitas e perfeitas e imponentes corcovas, debruadas a eólicas, que acrescentam 600m ao chão de Montalegre. A estrada, sinuosa e panorâmica, vai subindo por entre a vegetação rasteira, castigada pela neve todos os invernos, e lá em cima a vista é excepcional. Em 2014 ganhou o David Belda, em 2015 Delio Fernandez.
Sem comentários:
Enviar um comentário