quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A fungadela.

Lentamente o antibiótico - ou o tempo - vai fazendo o seu efeito e já respiro melhor. E fungo. E fungo e fungo e fungo. O verbo fungar, onomatopaico, tem curiosas declinações. Já agora que derivo, a palavra declinação também não deixa de ter as suas rimas... Mas voltando ao frio herbívoro que dá pelo nome de vaca, do verbo "fungar" nasce a palavra "fungadela". Aberta a palavra, a funga dela coloca-nos questões. E quais são? É ela que mais funga? Não, é ele. Ele não está para se assoar, sabe que os lenços de tecido são uma colecção de ranhocas  que é melhor nem pensar e portanto não, e pensa também lá no íntimo que os lencinhos de papel do continente são uma larilice. Então funga. Ela sim que se assoa. Metodicamente, Em as narinas ultrapassem os 3cc de mucosidade. Assoa-se, verifica a cor, dobra, pondera se ainda serve ou é necessário um novo. "Fungadela" é um sexismo mais, outro a juntar a tantos. "Fungadele" teria muita mais lógica. 

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