terça-feira, 8 de setembro de 2015

Todos somos um pouco esta ou aquela coisa.

Últimamente todos somos um pouco ou até bastante determinada coisa. Somos um pouco depressivos, bastante bipolares, um pouco esquizofrénicos até. É possível que assim seja, aceito. E não apenas tristes, incertos, às vezes perdidos, distraídos, abúlicos ou tímidos. Ou maldosos, malandros. Claro que a apetência para a farmacopeia exerce aqui um papel. Tudo, repito, tudo hoje se pode resolver ou mitigar com um comprimido. No sexo como na vida haverá sempre a pastilha que se segue. Já não há pessoas bem dispostas mas sim hipertímicas. Não há zangas mas distimias. Lembro que o timo é um órgão linfóide localizado um pouco acima do coração e que já pela adolescência está a funcionar pouquinho. Mas nunca chega a parar de vez. Como se representasse um resto da nossa infância, um carvão a queimar e que não se acaba de apagar!

É possível que algumas pessoas com quem eu me tenho encontrado sejam doentes. Nah, eu acho é que são parvos! 

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