Últimamente todos somos um pouco ou até bastante determinada coisa. Somos um pouco depressivos, bastante bipolares, um pouco esquizofrénicos até. É possível que assim seja, aceito. E não apenas tristes, incertos, às vezes perdidos, distraídos, abúlicos ou tímidos. Ou maldosos, malandros. Claro que a apetência para a farmacopeia exerce aqui um papel. Tudo, repito, tudo hoje se pode resolver ou mitigar com um comprimido. No sexo como na vida haverá sempre a pastilha que se segue. Já não há pessoas bem dispostas mas sim hipertímicas. Não há zangas mas distimias. Lembro que o timo é um órgão linfóide localizado um pouco acima do coração e que já pela adolescência está a funcionar pouquinho. Mas nunca chega a parar de vez. Como se representasse um resto da nossa infância, um carvão a queimar e que não se acaba de apagar!
É possível que algumas pessoas com quem eu me tenho encontrado sejam doentes. Nah, eu acho é que são parvos!
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